sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Conto Erótico

                                   Monotonia de Outono

       
           Era uma tarde calma, num outono frio e monótono. Ela estava sentada na varanda lendo um livro para mulheres de meia idade, pensando em como havia chegado aquele ponto. Havia tempos em que aquilo era rotina, e a do seu marido era : Pela manhã trabalhar e chegar ao fim do crepúsculo, sentar no sofá e beber sua cerveja vendo programas fúteis, enquanto a esposa permanecia à varanda. Onde foram parar os votos de casamento, o amor e o êxtase daqueles ex jovens? Eram estranhos, e a única amizade daquela mulher era o vizinho, Sr. Dalton, um solitário homem de meia idade que vivia de caçar cervos e lebres no bosque próximo a sua casa. Às vezes ele sentava junto a varanda e conversava com Sra. Rita, o que fez com que eles se tornassem bons amigos.
          Rita fechou seu livro, encostou sua cabeça na cadeira e fechou os olhos. Foi despertada pela voz grave daquele homem :
          - Posso sentar?
          Ela olhou para a figura e sem entender, sentiu calor abaixo do ventre. Ele havia acabado de chegar da caçada, a casa de Rita era antes da dele, entende-se que não havia passado em casa. Estava sem camisa, o corpo suado brilhava ao sol fraco de fim de tarde. O cabelo grisalho estava bagunçado, a calça caia levemente no quadril com pelos ralos e a espingarda estava apoiada ao chão.
          - Claro.
          - Hoje foi um dia difícil, Rita. Não consegui nada, estou ficando velho e cansado.
          - Talvez hoje não seja seu dia. Tenho certeza que amanhã você consegue algo. Por que não toma um banho e deita aqui na varanda? Posso lhe preparar um chá.
          - Eu ia lhe perguntar se posso tomar banho aqui, minha casa está sem água.
          - Claro, vá ao banheiro, vou procurar uma toalha.
          Ele se encaminhou ao banheiro, enquanto Rita foi pegar a toalha. Mas ao chegar ao seu quarto pensou o porquê sentiu aquilo quando o viu. Há tempos não fazia sexo, a cena despertou seus instintos a pouco tempo adormecidos. Não havia mais atração por seu marido. Ouviu a voz de Dalton, e quando se encaminhou ao banheiro percebeu-se úmida. A porta estava entreaberta, mas quando Rita se aproximou, deixou a toalha cair. Ali estava o homem de meia idade, com a mão estendida e cara de dúvida. estava molhado e com seu membro levemente ereto. Ela estava paralisada.
          - Rita?
          E de repente, numa dança sincronizada, seus lábios se encontraram, e de repente estavam nus, e de repente estavam debaixo do chuveiro, molhados. Ela sentia-se apaixonada, e ele surpreso. Entrou na dança, e em segundos ela estava em seus braços, as pernas envoltas no quadril másculo. Tocou seus cabelos, puxou, acariciou. Arranhou suas costas, mordeu seus lábios e sua orelha, enquanto aquele caçador apertava seus seios e descia os lábios a eles, ela sentia todos os seus pelos se eriçar.
          - Eu sei que é um erro Rita, mas por Deus, eu te amo, eu quero você, quero que sinta o que eu sinto.
          - Eu quero você Dalton, como nunca quis.
          Ele a penetrou. Os gritos suaves dos dois se misturavam ao barulho da água, e ela nunca se sentiu tão bem, aninhada aos braços dele. Nunca havia sentido tanto prazer. Em sincronia, o orgasmo dos dois veio a tona, e permaneceram abraçados. Trocaram olhares, ainda sexo no sexo e beijaram-se. Vestiram-se e foram para a varanda. Quando o marido de Rita chegou, cumprimentou o caçador com um aperto de mão, e a esposa com um suave beijo nos lábios.
         - Está bem, querida?
         - Como nunca estive antes.
       

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